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CMTU reforça importância das denúncias de cavalos abandonados nas ruas

  • Criado: Terça, 22 de Abril de 2025, 11h06
imagem sem descrição.

Pouca gente sabe, mas Londrina conta com um serviço especial para o recolhimento de animais de grande e médio portes, como bois, porcos, cabritos e principalmente cavalos, que vagam pelas áreas públicas urbanas (ruas e avenidas) aparentemente sem donos. O serviço, anteriormente gerido pela Secretaria Municipal do Ambiente (SEMA) está, desde agosto do ano passado, sob a responsabilidade da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). É para os contatos da companhia, ou da Guarda Municipal, que as pessoas devem ligar para denunciar casos de animais do gênero abandonados ou que são vítimas de maus tratos.

O serviço, que compreende o recolhimento, transporte e tratamento (todos os cuidados necessários do animal, desde as necessidades básicas até veterinárias), é prestado por uma empresa terceirizada, que disponibiliza uma propriedade especial (sítio) na zona rural da cidade. A entidade é a mesma que faz a gestão do Hospital Veterinário Municipal, a CHC Saúde, uma organização da sociedade civil (OSC).

“Todos os animais de grande e médio portes soltos nas vias públicas são passíveis de apreensão”, avisa o gerente do núcleo do Bem-Estar Animal (BEA) da CMTU, Éder Campos. “É proibido animais de grande porte soltos em vias públicas, e o poder público não pode deixá-los abandonados circulando pelas ruas, até por questão de segurança das pessoas, tendo em vista o histórico de inúmeros acidentes, inclusive fatais”. Pelo Código de Posturas e pelo Decreto Municipal 1.544/2017, é proibido trânsito, criação ou circulação de animais de grande porte na área urbana (salvo autorização específica), bem como é considerado prática de maus-tratos (falta do dever de guarda do tutor) deixar animal de grande porte solto em vias públicas na área urbana.

Quando é encontrado um animal circulando em ruas ou avenidas, a denúncia é encaminhada à CMTU ou à Guarda Municipal, que acionam uma equipe especial do Hospital Veterinário Municipal para realizar o recolhimento. “Em toda a abordagem é realizado o Relatório de Apreensão, acompanhada de registro fotográfico e anamnese (pré-diagnóstico) do animal”, explica o gerente do BEA.

“Realizada a apreensão, o tutor tem o prazo de 10 dias para requerer a devolução, desde que junte a documentação comprobatória necessária”, diz Campos. “Valem nota fiscal ou recibo de compra, carteira de vacinação do animal e laudo de acompanhamento de médico-veterinário, entre outros documentos que comprovem que a pessoa é a real tutora”.

Além disso, é preciso apresentar o comprovante da área rural para a qual o animal será levado, em caso de devolução, e ainda pagar uma multa de R$ 480,00 por animal apreendido, com fundamento no Código de Posturas e Lei de Maus Tratos. O valor, inclusive, já passa por uma revisão e pode aumentar.

Para todo animal apreendido é preenchida uma ficha de entrada quando chega no sítio, para fins de registro no sistema. Lá, ele é microchipado (com dados e informações básicas do animal), passa por uma resenha técnica e médica e a carteirinha de vacinação é atualizada. Muitos deles, quando são recolhidos ao local, infelizmente encontram-se debilitados e muito magros. (Veja, na foto acima, a diferença do antes e depois de recolhido.)

Já os animais apreendidos que estejam aparentemente doentes, que adoeceram no pasto, com suspeita de maus tratos ou são vítimas de acidentes, por sua vez, passam a receber assistência médica veterinária naquela propriedade rural de forma regular, durante o seu período do internamento.

No sítio é feita ronda de limpeza diária e de manejo alimentar. Existe até uma “farmácia”, caso algum deles precise de atendimento. “Há ainda uma colega médica-veterinária, especialista em equinos, que presta serviço para eles”, diz a veterinária do Bem-Estar Animal, Bruna Garcia.

A propriedade conta ainda com um motorista, laçador e um tratador, e atualmente há 24 cavalos hospedados ainda sem tutores identificados. Os animais, em geral, agora estão em bom estado de saúde. O setor de bem-estar animal da CMTU, inclusive, faz fiscalização de rotina no local e não há qualquer indício de maus tratos ou irregularidades.

Adoção – Depois de constatada e implicitamente caracterizada a falta de tutores ou responsáveis, os animais ficam sujeitos à chamada “adoção responsável”. O interessado (proprietário rural, ONG, OSCIP ou entidades de proteção animal devidamente cadastrados) deve comparecer pessoalmente na CMTU ou no Hospital Veterinário Municipal, por meio de seu representante legal, e preencher o requerimento de adoção apropriado. Depois, é feita a análise documental e, atendendo aos requisitos, o interessado poderá adotar.

Em meio ao processo, a administração do sítio deverá encaminhar ao BEA/CMTU a relação de credenciados interessados na adoção dos animais, também para a análise documental. Vale também o credenciamento realizado por outros municípios para destinação dos animais.

O endereço da CMTU para atendimento presencial (em horário comercial) é Rua Professor João Cândido, 1213, Centro; e o do Hospital Veterinário é Rua Prefeito Faria Lima, 844 – Jardim Maringá.

Serviço – O atendimento para recolhimento de animais de grande porte da CMTU funciona todos os dias 24 horas por dia. Para contatar e denunciar animais soltos nas vias públicas o munícipe pode ligar para (43) 3379-7925 ou 99994-8677 (WhatsApp) em horário comercial. Após, 153 da Guarda Municipal.

 

Marcelino Jr.   |   Assessoria de Comunicação

 

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