Empresas e jardineiros da cidade querem participar da licitação de corte do mato em Londrina
Jardineiros autônomos e empresas de jardinagem e roçagem que participaram do encontro do Programa Compra Londrina foram unânimes em afirmar o interesse do segmento no novo formato de licitação que deve ser proposto pela Prefeitura de Londrina e Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). A reunião aconteceu na sede da Acil.
O encontro do Compra Londrina serviu para avaliar a receptividade do mercado para um formato que considere a participação de empresas locais, microempreendedores e jardineiros autônomos na execução do serviço.
Hoje, o Município aplica cerca de R$ 8 milhões por ano no controle do mato na cidade, em dois contratos pagos para uma empresa. A empresa recebe R$ 0,20 por metro quadrado de área roçada.
Como o prazo desses contratos acabam em dezembro, a intenção é lançar licitações que dividam o serviço em lotes menores, pulverizados entre mais empresas.
A ideia é aumentar o número de empresas locais disputando lotes variados para o corte de mato em escolas municipais, postos de saúde, prédios públicos da Prefeitura e ainda canteiros, praças e vales da cidade. A Prefeitura de Londrina estuda dividir o serviço em até 20 lotes. Já a CMTU avalia lançar uma licitação com pelo menos três lotes para serem disputados por empresas.
Profissionais presentes ao encontro tiveram informações sobre como concorrer em licitações no futuro e como o mercado de compras públicas pode acrescentar no caixa da empresa. “No meio de uma crise dessas, não há motivos para as empresas se fecharem ao mercado público de licitações”, explicou Sérgio Ozório, consultor do Sebrae. Entre os dias 11 e 13 de junho, o Sebrae promove um treinamento para interessados em conhecer o universo das compras públicas.
Em Londrina, 63 órgãos compram anualmente R$ 1,5 bilhão em produtos e serviços que poderiam ser disputados pelas empresas da cidade.
“Por mim, cuidaria de umas 10 escolas sozinho. Adoraria pegar um serviço desses. Faria com todo o carinho porque nasci aqui, moro aqui. Ficaria muito feliz de ajudar”, diz o jardineiro João Borges, da Ong Monte das Oliveiras. “Quero entrar nessa disputa”.
“Gostei bastante do encontro de hoje porque foi uma boa oportunidade para microempreendedores. Como a maioria dos editais de licitação fica só no Diário Oficial e ninguém lê, encontros assim são excelentes para nos prepararmos e entrar em uma licitação. Seria ótimo para o crescimento da minha empresa” , afirma Willian Gabriel, gestor ambiental da empresa S.A. do Vale.
Na próxima rodada de conversas com o setor, ainda sem data definida, a Prefeitura deve apresentar uma proposta definitiva sobre como será o modelo de limpeza de áreas verdes que pode ser disputado pelos negócios locais, já com a divisão dos lotes.
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