Município trabalha na recuperação de estragos causados pela chuva
Mais de 100 chamados foram referentes às quedas de árvores, 80 imóveis foram destelhados, 35 unidades escolares sofreram prejuízos e 6 mil imóveis estão sem luz elétrica
No final da manhã desta quinta-feira (18), a Prefeitura de Londrina divulgou mais um balanço parcial dos estragos ocasionados com a chuva e as fortes rajadas de ventos, que ultrapassaram os 70 km/h, na tarde de ontem (17). De acordo com dados da Defesa Civil de Londrina, foram mais de 200 ligações para o telefone 153, com relatos de ocorrências, registradas a partir das 15 horas, de ontem, quarta-feira (17), até o momento. No serviço de atendimento do Grupo de Comunicação e Monitoramento (GCOM), da Guarda Municipal de Londrina, das 15h de ontem até as 6 horas de hoje (18), foram registrados 148 ocorrências.
Dentre os chamados da Defesa Civil, mais de 100 foram referentes às quedas de árvores, troncos ou galhos. Somente até o início da madrugada de hoje já havia sido registrada a queda de 43 árvores, sendo que os trabalhos priorizaram a retirada de galhos, troncos e pedaços de árvores que estavam interditando o trânsito de veículos e pessoas nas principais vias de Londrina.
Os trabalhos de corte e retirada das árvores das principais ruas e avenidas foram retomados hoje, às 8 horas, e devem prosseguir durante todo o dia com a ajuda dos servidores da Secretaria Municipal do Ambiente (Sema), Agricultura, Obras e Pavimentação, Defesa Civil e da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). Para verificar a situação dos estragos, na manhã de hoje, o prefeito Marcelo Belinati visitou alguns pontos da cidade. Ele foi até o Centro de Educação Infantil Silvana Lopes, no Vivi Xavier, para verificar a situação e conferiu também a força-tarefa que está sendo feita na região do Hilda Mandarino e Ouro Verde, onde foram registradas quedas de árvores.
Semáforos - Os servidores da CMTU também receberam chamados de semáforos sem luz, devido à falta de energia elétrica na rede de transmissão. O semáfaro da Avenida Anália Franco com a Avenida São João estava com falhas na transmissão, que já foram sanadas pela manhã. O localizado na Avenida Duque de Caxias com a Rua Heródoto havia entortado por conta do vento, mas já foi retificado. Na Avenida Waldemar Spranger com a Avenida Adhemar Pereira de Barros o sinaleiro estava desligado por falta de luz elétrica, onde os técnicos trabalharam em conjunto com a Copel. Na Avenida Brasília, na altura do semáforo da Bratac, também estava sem luz, assim como na Avenida Arthur Thomas com a PR 445 e na Avenida Higienópolis com Rua Espírito Santo. Houve também um registro de chamado de choque no semáforo da Rua Goiás com a Professor João Cândido, o que foi revisto pelos funcionários da CMTU ainda pela manhã.
Destelhamentos - Os ventos fortes também destelharam mais de 80 residências na cidade. Para estas famílias, foram doadas lonas. Aqueles que não registraram a ocorrência pelo 153 ou 199, mas precisam de lonas, podem retirar gratuitamente na base do Corpo de Bombeiros (Avenida Saul Elkind, 3.205, no Conjunto Vivi Xavier) e na Defesa Civil, que está localizada na Rua da Canoagem, s/n.
Luz elétrica - De acordo com dados da Companhia Paranaense de Energia (Copel), 6 mil imóveis ainda estão sem luz elétrica e 30 postes foram danificados. Ao todo, 60 equipes da Copel estão trabalhando para normalizar o atendimento.
Saúde - De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, na região norte, as Unidades Básicas de Saúde do Padovani, Chefe Newton e Parigot de Souza enfrentam problemas com a falta de energia elétrica, por isso os atendimentos e procedimentos de enfermagem e odontologia estão suspensos e apenas está sendo realizado o acolhimento dos pacientes.
Já na região oeste, somente a Unidade Básica de Saúde do Jardim Bandeirantes (Rua Serra da Graciosa, nº 700) está com dificuldades que limitam o número de atendimento. Por isso, os profissionais da saúde estão reavaliando a situação com o passar do dia. Nas demais regiões da cidade (sul, leste, centro e na zona rural) não foram contabilizados grandes estragos nos prédios públicos da saúde. O número de chamado de atendimento do SAMU (192) também normal.
Telefonia - A Sercomtel também registrou a interrupção dos serviços de internet banda larga para mais de 20 mil clientes. Destes, para 12 mil pessoas o serviço já foi reestabelecido ontem e, no momento, outros 5 mil clientes aguardam a finalização dos trabalhos de reparos. Além deles, as chuvas deixaram 3 mil pessoas sem acesso à telefonia fixa. Destas 1.300 linhas estão sendo reparadas e devem ser retomadas até o final do dia. Para retificar esses problemas, todo o quadro de profissionais da Sercomtel está trabalhando.
Educação - Além destes estragos, a Secretaria Municipal de Educação (SME) registrou estragos em 35 unidades escolares. Foram destelhamentos, alagamentos, goteiras, vidros quebrados e quedas de árvores em 24 escolas municipais e nove Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e dois Centros de Educação Infantil (CEIs) filantrópicos.
Estão sem aulas hoje as unidades escolares: CEI Silvana Lopes, CMEI Sandra Regina Maximiniano Leme, escolas municipais David Dequech, a João XIII, a Moacyr Camargo, o CMEI Vanderlaine Aparecida Rodrigues Ribeiro. Elas retornam as aulas normais amanhã (19), exceto o CEI Silvana Lopes não receberá as crianças pois naquele local foi registrado um destelhamento geral. A unidade escolar do Jardim do Sol permanece sem energia elétrica, mas as aulas prosseguem normalmente.
Ocorreu destelhamento parcial em 11 escolas municipais que são: Nair Auzi Cordeiro, Ignez Corso Andreazza, Claudia Rizzi, Santos Dumont, Hosken de Novaes, Melvin Jones, Sonia Parreira Debei, América Sabino Coimbra, Kalin Youssef, Antonieta Trindade, Juliano Stinghen, em um CMEI Marisa Arruda e no CEI Silvana Lopes.
Quedas de árvores foram registradas em quatro unidades escolares, que são a Escola Municipal Moacyr Camargo, Laura Vergínia de Carvalho Ribeiro, Carlos Dietz e Odésio Franciscon (que também ficou sem luz elétrica).
Os CMEIs Telma Cavalheiri Motta Sanches e Vilma Eliza Colombo tiveram vidros quebrados por conta da força do vento e a cozinha e as salas de aulas da escola municipal Noemia Alaver Garcia Malanga ficaram alagadas, assim como ficaram também alguns espaços das escolas Mari Carrera Bueno, Nina Gardemann e Neman Sayhun.
Redes Sociais