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Prefeitura e CMTU realizam segunda audiência pública do transporte coletivo

  • Criado: Segunda, 29 de Outubro de 2018, 17h07

Encontro, realizado na última sexta (26), registrou 23 manifestações dos participantes

A Prefeitura de Londrina, por meio da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), realizou na última sexta-feira (26), no auditório do Senai, a segunda e última audiência pública para discutir a nova licitação do transporte coletivo. O encontro, que apresentou as diretrizes do serviço para os próximos 15 anos, contou com 23 manifestações do público. Entre os presentes estavam o presidente da CMTU, Marcelo Cortez; o Procurador Geral do Município, João Luiz Martins Esteves; o diretor de Transportes, Wilson de Jesus, usuários do sistema, membros da sociedade civil organizada, trabalhadores das atuais concessionárias e técnicos da CMTU.

Entre as proposições do novo certame está a divisão do contrato em dois lotes. A diferença é a redistribuição da demanda de 83% para 64% na área 01 e de 17% para 36% na área 02, acompanhando a perspectiva de crescimento do município em direção à região sul.

Outra proposta é que as linhas diametrais e perimetrais, que ligam áreas opostas passando ou não pela zona central, passem a funcionar de modo compartilhado. A ideia é que os passageiros consigam viajar do Terminal Acapulco à avenida Saul Elkind, por exemplo, com um só ônibus. Hoje, devido a cláusulas contratuais, uma empresa não pode acessar o mapa de abrangência da outra. Assim, o trajeto entre as regiões sul e norte exige baldeação no Terminal Central ou integração nas imediações da avenida Dez de Dezembro, com cartão transporte.

A terceira orientação para o futuro processo licitatório é que a idade máxima dos carros convencionais seja fixada em 10 anos e dos ônibus articulados, em 12 anos. Quanto à idade média da frota, a proposição é que o índice caia de 6,5 para 5,5 anos. Os contratos atuais não possuem a regra da idade máxima. O objetivo é oferecer veículos mais novos e confortáveis aos usuários.  

A CMTU quer também a modernização e expansão do sistema de bilhetagem eletrônica. A intenção é que o motorista não precise lidar com dinheiro em espécie. Outra ferramenta exigida é a implantação de um sistema de gerenciamento capaz de oferecer, em tempo real, informações para indicadores e relatórios para a tomada de decisões.

Tida como uma das iniciativas mais inovadoras, a inserção de uma remuneração operacional na planilha de cálculo da tarifa promete alterar a dinâmica de pagamento das concessionárias. A expectativa é que a partir do novo contrato a remuneração pela operação se dê por meio de indicadores de qualidade e produtividade.

Propõe-se, dessa forma, a criação de um índice de cumprimento e de pontualidade das viagens, bem como a elaboração de um demonstrativo da percepção do usuário. Esse último seria medido, anualmente, por meio de pesquisas de satisfação realizadas por meio de parcerias entre o poder público e universidades.

As vencedoras da licitação também deverão realizar treinamentos específicos junto aos condutores dos ônibus, voltados à capacitação para o transporte de pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida. A renovação parcial da frota ao longo do contrato e a utilização de tecnologias sustentáveis nos veículos completam a lista de exigências do Município.

Após a apresentação da CMTU, o microfone foi aberto à participação dos populares. Solicitação de linhas expressas, integração de modais, colocação de lixeiras e bancos estofados nos carros, lotação nos horários de pico, reajuste da tarifa e integração com as cidades da Região Metropolitana de Londrina (RML). Estes e outros temas permearam o debate e, agora, serão objeto de análise até o lançamento do edital. As contribuições terão estudo de viabilidade segundo padrões técnicos, legais, econômicos e financeiros, podendo ser incorporadas ao novo processo licitatório. A expectativa é que o certame seja lançado até a primeira quinzena de novembro.

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