CMTU e Unifil vão construir um simulador de capotamentos
Montado com matéria prima e mão de obra próprias, o dispositivo será utilizado em ações de conscientização
A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e a Unifil fecharam parceria para a construção de um simulador de capotamento. A ideia é que, depois de pronto, o protótipo seja utilizado em ações educativas para conscientizar sobre a importância dos dispositivos de proteção, como o cinto de segurança e a cadeirinha de bebê.
A formalização do acordo ocorreu na manhã desta quinta-feira (26), em reunião que contou com a presença do diretor-presidente da CMTU, Marcelo Cortez, do reitor da universidade, Eleazar Ferreira, da coordenadora do curso de Engenharia Civil, Carolina Alvin, do coordenador de Educação no Trânsito e gerente de Comunicação da CMTU, Carlos Eduardo Ribeiro e do agente de trânsito, André Stabelini.
Com orçamento geral entre R$ 50 mil e R$ 60 mil evolvendo matéria prima e mão de obra, parte dos recursos será financiada pela Unifil. Além de doar o plano estrutural, cuja elaboração será feita por estudantes de engenharia através de um projeto de extensão universitária, a entidade fará a aquisição de R$ 10 mil em equipamentos como ferragens e engrenagens. O restante ficará a cargo da CMTU, que fará a montagem da estrutura com insumos e trabalhadores próprios. Já a previsão de como ficará o protótipo está pronta, feita em maquete pelo agente de trânsito André Stabelini.
Pensado para girar no próprio eixo e ter movimentos de inclinação para baixo e para cima, o simulador será alimentado por dois motores elétricos. Ele ficará fixado numa espécie de reboque a ser tracionado por qualquer automotor. A base móvel visa facilitar o transporte da peça, assim como viabilizar a participação em exposições e eventos externos de educação no trânsito. A expectativa da CMTU e da Unifil é que o dispositivo esteja pronto para operar em meados de janeiro.
De acordo com o coordenador de Educação e gerente de Comunicação da CMTU, Carlos Eduardo Ribeiro, as tratativas para o projeto tiveram início há dois anos. Na época, no entanto, houve dificuldades para a obtenção de um veículo que pudesse ser usado na ação. “A ideia sempre foi simular com a maior realidade possível uma experiência de capotamento. Mas, para isso, era necessário um automóvel real – o que elevava os custos da iniciativa”, contou.
A situação mudou em 2018, quando a companhia substituiu parte da frota empregada nas atividades de fiscalização do trânsito. “Com a chegada dos novos carros, houve a liberação, para o nosso projeto, de um Ford Fiesta ano 2000. Devido ao alto custo de manutenção, a viatura seria encostada e vendida em leilão como sucata. Nós, então, fizemos a retirada do motor e do câmbio, mantivemos a estrutura básica e decidimos tirar a ideia do papel”, detalhou Ribeiro.
Segundo ele, o mais importante da iniciativa é reforçar o uso do cinto como artigo elementar nos deslocamentos de automóvel. “Quando o protótipo estiver pronto, além de permitir a utilização, queremos colocar um boneco solto em seu interior para que as pessoas vejam o que acontece com alguém que não utiliza o item de segurança. Todo mundo fica surpreso ao flagrar algum motociclista rodando sem capacete, mas ainda há uma naturalização no caso da falta do cinto. Isso precisa mudar porque ninguém sabe quando um acidente pode ocorrer”, concluiu.
Texto: Danylo Alvares / Assessoria CMTU.
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