Mortes por atropelamento caem 33% em Londrina nos primeiros nove meses do ano
Número de óbitos de motociclistas também teve queda; no cálculo geral, acidentes fatais tiveram redução de 25% em comparação a 2018
Com 12 casos contra 18, o número de mortes por atropelamento em Londrina caiu 33,3% entre janeiro e setembro em comparação com o mesmo período do ano passado. Entre os motociclistas, a quantidade de óbitos baixou de 33 para 28 e apresentou queda de 15,2%. Já a parcela de motoristas que perderam a vida em acidentes diminuiu de 20 para 13.
Na contagem geral, o saldo dos primeiros nove meses de 2019 registrou variação negativa de 25,4% em relação a 2018: foram 71 episódios fatais naquele ano e 53 neste. As informações são do Placar do Trânsito, levantamento divulgado nesta sexta-feira (18) pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU).
Segundo a sondagem, a maioria dos que morreram nas ruas e avenidas da cidade tinha entre 31 e 59 anos e era do sexo masculino. A segunda faixa etária com maior prevalência de mortes é a entre os 18 e 30 anos. As mulheres representaram somente 21% dos óbitos. No cálculo total das vítimas, 12 possuíam mais de 60 e três tinham menos de 17 anos. Trinta e sete mortes aconteceram hora, no local do acidente, e 10 foram mais de um dia após o ocorrido.
A pesquisa também aponta que a área rural registrou 11 mortes, enquanto o perímetro urbano do município teve 42. Dentre as vias mais letais, a PR-445 aparece no topo, com 11 episódios, seguida da BR-369, com sete, e da avenida Saul Elkind, com dois. O estudo mostra ainda aumento dos acidentes e das vítimas não fatais. Foram 2.780 ocorrências com 3.307 pessoas envolvidas, em 2019, contra 2.596 e 3.040 feridos no ano passado.
O diretor de Trânsito da CMTU, Sergio Dalbem, prefere cautela na análise das informações. Ele disse esperar que, no fechamento do ano, os números da violência viária sejam menores do que os computados em 2018. Para isso, no entanto, é preciso contar com a consciência e o comportamento individual dos milhares de condutores habilitados na cidade.
O diretor relatou que, em geral, a grande maioria das colisões é precedida da uma infração. “São incidentes que poderiam ser evitados se um dos agentes envolvidos deixasse de avançar o sinal, conduzisse em velocidade compatível com a via, guardasse distância em relação ao outro veículo e assim por diante. Temos investido em sinalização, fiscalizações em parceria com a PM e ações educativas permanentes, como os painéis de LED que começaram a ser instalados na Avenida Inglaterra. Contudo, a eficácia dessas medidas passa pela atitude de cada um”, afirmou Dalbem.
Multas – De acordo com o Placar, 109.192 autos de infração foram emitidos nos primeiros nove meses do ano em Londrina. Responsáveis pelo controle de velocidade nas vias do município, os radares fixos e móveis flagraram 43.974 situações de abuso do acelerador. Avanço de sinal vermelho e parada sobre a faixa de pedestre somaram 11.118 casos. Já o trabalho de fiscalização dos agentes municipais resultou na lavratura de 36.842 multas por desrespeito à legislação.
Exceder o limite de circulação da via em até 20% segue como a principal infração cometida pelo motorista londrinense, com 36.910 registros. Em segundo lugar está furar o semáforo, com 10.741 flagrantes, e deixar de usar o cinto de segurança, com 6.280.
Divulgado bimestralmente pela CMTU como forma de evidenciar os números da imprudência nas ruas, o levantamento utiliza, para o cálculo dos acidentes e das vítimas, dados de atendimentos realizados pelo Siate. Em relação à contagem dos óbitos, a metodologia considera informações reunidas em conjunto pela companhia, Delegacia de Trânsito da Polícia Civil e pelo Núcleo de Informações em Mortalidade (NIM) da Secretaria Municipal de Saúde.
Texto: assessoria da CMTU
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