Londrina registra queda de 14,5% nas mortes no trânsito em 2019
O cenário de redução da violência está ligado a campanhas de educação no trânsito; óbitos por atropelamento caem ainda mais e têm variação negativa de 36,4%
O número de mortes no trânsito em Londrina registrou queda de 14,5% entre 2019 e 2018, com redução de 83 para 71 casos. Em relação aos óbitos por atropelamento, a diminuição foi ainda mais acentuada: 36,4%. Foram 14 episódios contra 22. No cálculo geral, o índice apurado também foi o menor desde o início da série histórica, em 2014. Naquele ano, quando a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) passou a reunir dados do Siate, Instituto Médico-Legal (IML) e Polícia Civil para a elaboração do Placar do Trânsito, 99 pessoas perderam a vida nas ruas da cidade.
Na comparação com 2018, os últimos doze meses ainda apresentaram variação negativa de 7,5% (40 ante 37) nas ocorrências letais envolvendo motociclistas. Já a quantidade total de acidentes pulou de 3.471 para 3.657, enquanto a de vítimas não fatais foi de 4.049 para 4.344. Dentre os episódios com mortes, 31 envolveram condutores entre 31 e 59 anos de idade; 57 vitimaram homens e 45 aconteceram na hora, no local da batida.
Administradas por órgãos estaduais e federais, a PR-445 e a BR-369 – a exemplo de 2018 – permaneceram no topo do ranking das vias mais perigosas. Na primeira, as mortes saltaram de 11 para 16 entre um ano e outro. A segunda, por sua vez, contabilizou queda de 9 para 8. Entre os corredores de trânsito de competência municipal, a Rodovia Carlos João Strass e a Avenida Saul Elkind, ambas na região norte, somaram quatro óbitos cada uma.
Multas – O levantamento da CMTU também apontou redução no número de autuações entre 2018 e o ano passado. O montante caiu de 181.823 para 150.302, sendo que o excesso de velocidade corresponde a mais de um terço das infrações (60.969). O panorama de queda foi registrado mesmo com o incremento na quantidade de pontos monitorados pelos radares, que aumentaram de 18 para 22.
De acordo com o diretor de Trânsito da CMTU, major Sergio Dalbem, isso se deve à ampla divulgação dos locais fiscalizados e indica uma mudança de comportamento por parte do condutor londrinense. “Percebemos que, mesmo com a ampliação da fiscalização eletrônica, as multas de radar caíram de 95.846 para 60.969 de um ano para o outro. Isso denota que, aos poucos, os motoristas têm entendido os riscos em abusar do acelerador”, pontuou.
Na avaliação dele, o cenário de redução da violência pode ser atribuído a diversas ações educativas desenvolvidas ao longo de 2019. Entre as iniciativas de destaque estão as atividades do Maio Amarelo, a Semana Nacional de Trânsito, as campanhas Olhe e Sinalize e Sinalizar para Educar, o Dia Mundial sem Carro, o programa Agente de Trânsito Mirim e os trabalhos pontuais de conscientização. “Ainda temos um longo caminho pela frente, mas os impactos positivos dos trabalhos realizados nos motivam a continuar avançando”, comemorou o diretor.
Para Dalbem, o aumento na soma geral dos acidentes pode ser compreendido pelo crescimento cada vez maior da frota que circula na cidade. “A população de Londrina tem aumentado e o município é polo regional que atrai gente de muitas localidades da região. Com tantos veículos nas ruas, as ocorrências tendem a subir. No entanto, felizmente, temos constatado que os acidentes são de pequena monta, apresentando, em geral, mais danos materiais do que físicos”, ressaltou.
Novidade – Para auxiliar os motoristas sobre como contornar corretamente uma rotatória, a CMTU iniciou em dezembro a instalação de placas de orientação nas entradas dos “balões”. A sinalização especial já está presente no cruzamento das avenidas Higienópolis e Juscelino Kubitschek, e a expectativa é ampliar a intervenção para outros locais.
Também em dezembro, a companhia chegou à marca de 125.565,20 metros quadrados de vias sinalizadas em 2019. O montante foi alcançado graças à contratação de empresa terceirizada para somar nas atividades de pintura viária. Realizado em todo mo município, o trabalho é executado de dia e também no período noturno.
Texto: Danylo Alvares / Assessoria CMTU
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