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Violência no trânsito em Londrina tem queda durante a pandemia

Saldo de ocorrências, óbitos e de vítimas não fatais registrou diminuição; na avaliação do diretor de Trânsito da CMTU, no entanto, é preciso cuidado ao analisar o cenário

  • Criado: Segunda, 20 de Julho de 2020, 17h56

 

Londrina fechou o primeiro semestre de 2020 com saldo de 28 mortes no trânsito, número 28,2% inferior as 39 registradas no mesmo período do ano passado. Os óbitos de motociclistas apresentaram variação de 36,4%, caindo de 22 para 14, enquanto os de pedestres tiveram pequeno acréscimo, de 9 para 10. A cidade ainda registrou queda no quadro geral de acidentes e de vítimas não fatais. Foram 1.461 ocorrências entre janeiro e junho, contra 1.813 em 2019, com 1.709 pessoas envolvidas – quantidade 22,2% menor que a apontada na primeira metade do ano anterior.

Foto: Emerson Dias

Divulgados pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) nesta segunda-feira (20), os números da violência viária revelam recuo de quase todos os tipos de acidentes. As colisões caíram de 1.088 para 834; as quedas de moto diminuíram de 450 para 398; os atropelamentos foram de 140 para 108; os registros de choque contra anteparos encolheram de 95 para 87 e os capotamentos baixaram de 32 para 24.

O motivo para a melhora nos índices, segundo o diretor de trânsito da CMTU, major Sergio Dalbem, ainda é a pandemia do novo coronavírus. Desde março a cidade vem experimentando medidas restritivas para tentar frear o avanço da doença, o que fez com que a circulação de veículos nas ruas chegasse a cair cerca de 46% no auge no auge da quarentena. “Com um fluxo menor, consequentemente há menos chances de incidentes”, comentou.

Mas ainda que pareça positivo, Dalbem prefere cautela ao analisar o levantamento. Para ele, ao mesmo tempo em que esvaziou avenidas, as recomendações de isolamento social encorajaram muita gente a abusar das normas de circulação. “Com o perímetro urbano mais vazio, muitos se sentiram livres para colocar em prática comportamentos perigosos. Tanto é que, em plena pandemia, constata-se que o trânsito ficou mais nocivo para o pedestre”, afirmou.

As informações publicadas pela CMTU ajudam a sustentar a fala do diretor. Embora as mortes entre o público que se locomove a pé tenham aumentado apenas de 9 para 10 no período analisado, em 2020 foram 108 atropelamentos e, no ano passado, 140. “Em 2019, houve um óbito para cada 15 ocorrências. Já agora o índice foi de 10,8 registros para cada um que perdeu a vida. Isso significa aumento de letalidade, por isso é preciso calma nessa avaliação”, ressaltou Dalbem.

Autuações – Junto à análise dos riscos para os pedestres, as multas aplicadas em Londrina corroboram a percepção do diretor. Em comparação com o ano passado, o registro de infrações gravíssimas saltou de 15.316 para 17.309. As autuações de natureza grave cresceram de 19.768 para 24.440; as médias variaram de 31.095 para 31.845 e as leves recuaram de 7.908 para 3.520.

Exceder o limite de velocidade permanece como a falta mais cometida pelo motorista londrinense: foram 25.441 flagrantes ante 24.825 computados em 2019. Em seguida vem a falta do uso do cinto de segurança, cujos números subiram de 4.393 para 9.408, e o avanço do sinal vermelho – categoria em que os autos de infração cresceram de 6.770 para 7.134.

Entre as vias mais perigosas da cidade, a BR-369 segue no primeiro lugar do ranking, com 5 mortes, seguida do trecho urbano da PR-445, com 3. Sob jurisdição do Município, as avenidas Saul Elkind e Dez de Dezembro dividem o topo, com 3 e 2 óbitos cada uma, respectivamente.

Para o diretor de Trânsito, Londrina só vai avançar na construção de uma dinâmica viária mais humana e segura quando todos se comprometerem com o bem coletivo. “Não adianta que o poder público desenvolva projetos de tráfego, invista em fiscalização e educação se, na hora da escolha individual, o condutor preferir atitudes egoístas. Respeitar as normas de circulação é para todos, em todos os momentos, independente se as ruas estão cheias ou vazias. É preciso comprometimento, empatia e, principalmente, respeito à vida”, alertou Dalbem.

Texto: Danylo Alvares – Assessoria CMTU

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