Kireeff decreta Situação de Emergência em Londrina
O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff, decretou Situação de Emergência em Londrina em função dos danos causados pela forte chuva ocorrida na segunda-feira (11). A decisão foi anunciada em entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira (12) e que contou com a presença do coordenador da Região Metropolitana de Londrina, Victor Hugo Dantas, o gerente-geral da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Sergio Bahls, e do gerente de Serviços da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), Aparecido Alberto Tomazelli.
Em seu pronunciamento, Kireeff enfatizou que, para enfrentar esse evento climático de alta intensidade, o município estabeleceu abordagens através de levantamento de dados junto à Defesa Civil, Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação, CMTU e demais secretarias municipais.
Esse conjunto de informações levou à conclusão da necessidade do Decreto nº 40, que declarou Situação de Emergência.Somente na segunda-feira, choveu o equivalente a 274,8milímetros ante a média histórica para o mês de janeiro que é 218 milímetros, de acordo com informações do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar).
“Ainda não há possibilidade de mencionarmos, sob o ponto de vista econômico, o impacto de tudo o que foi deteriorado com essas chuvas muito intensas. Mas, realmente foi muito alto se nós considerarmos a deterioração da pavimentação asfáltica urbana, das pontes que ruíram, das estradas rurais que foram comprometidas de forma grave, equipamentos e prédios públicos que tiveram muitos impactos”, salientou o prefeito.
Kireeff explicou que as ações priorizam atender as situações em que há risco de vida. Segundo ele, na sequência estão medidas para restabelecimento de serviços públicos essenciais o mais rápido possível. Para isso, houve, na tarde desta terça-feira (12), uma reunião entre representantes da Prefeitura e de todos os prestadores de serviços, como abastecimento de água, coleta de lixo, transporte coletivo e energia elétrica. “Vamos estabelecer um cronograma para fazer esse enfrentamento”, disse.
Outra prioridade é a recuperação das pontes da PR-445 e da estrada que dá acesso ao distrito de Maravilha, desobstruções de vias causadas por deslizamento de terra, como a ocorrida na Avenida Dez de Dezembro, e recuperação da ponte localizada na rodovia Mábio Gonçalves Palhano.
Algumas Unidades Básicas de Saúde (UBS) sofreram alagamentos, mas não houve problemas estruturais. Somente a UBS do conjunto Jamile Dequech não está em condições de funcionamento. Segundo o secretário municipal de Saúde, Gilberto Martin, a Unidade de Pronto-Atendimento Maria Angélica Castoldo (UPA Centro-Oeste) foi atingida pelas chuvas, porém está funcionando em horário normal.
A Secretaria Municipal de Defesa Social, por meio da Defesa Civil, está fazendo um levantamento referente aos danos e estragos causados pelas chuvas na cidade. Até o momento, foram registradas 64 solicitações da comunidade, pelos telefones 153 e 199, relativas a problemas de residências alagadas, com rachaduras e que sofreram danos em geral.Três famílias tiveram suas casas danificadas e estão abrigadas em residências outros familiares.
Coleta Seletiva e Transporte - O presidente da CMTU e secretário municipal do Ambiente, José Carlos Bruno de Oliveira, explicou que por impedimento no acesso à Central de Tratamentos de Resíduos, a coleta seletiva de lixo domiciliar está suspensa. “Aguardamos uma definição do IAP e Ministério Público com o município para conseguirmos uma solução emergencial”, disse. A coleta de material reciclável está operando normalmente.
Bruno também relatou algumas dificuldades em atender a população dos distritos com os serviços do transporte coletivo, uma vez que as vias de acesso estão bloqueadas, exceto pelo distrito da Warta. Mais informações sobre o transporte coletivo podem ser obtidas pelo telefone (43) 3379-7900.
O transporte rodoviário comunicou atraso médio de 2 horas na origem-destino devido as condições de algumas rodovias. Mudanças no embarque estão sendo comunicadas aos clientes. Informações podem ser obtidas pelo telefone (43) 3372-1810 ou no site www.trl.com.br (em Informações Gerais/ Empresas de Ônibus).
União de forças - Segundo o coordenador da Região Metropolitana de Londrina, Victor Hugo Dantas, o acompanhamento dos casos e notificações tem sido feito desde a noite de segunda-feira (11). “Estamos em um momento crítico, e para superá-lo é preciso unirmos forças e trabalharmos juntos”, ressaltou.
Já o gerente geral da Sanepar, Sérgio Bahls, informou que a produção de água em Londrina nesta terça-feira (12) está em apenas 30% de sua capacidade. Isso significa que cerca de 400 mil moradores de Londrina e de Cambé podem ficar sem água. A expectativa da Sanepar é que a produção seja normalizada em até pelo menos 48 horas. “Nossa orientação é de a população utilize a água de forma racional, restringindo o consumo para alimentação e higiene pessoal. A prioridade será abastecer clínicas e hospitais”, disse.
De acordo com o gerente de serviços da Copel na região de Londrina, Aparecido Tomazelli, a área rural do município tem 2,5 mil domicílios sem luz, em locais que estão com acesso impedido. Na área urbana, está sendo feita a manutenção de um trecho com oito postes quebrados, onde há 175 imóveis sem energia.
Estiveram também presentes na entrevista coletiva os seguintes secretários municipais: Coronel Rubens Guimarães (Defesa Social e Coordenador da Defesa Civil de Londrina), Daniel Pelisson (Planejamento, Orçamento e Tecnologia), José Roberto Hoffman (presidente da Cohab-LD), Paulo Valle (Procurador-Geral do Município), Télcia Lamônica (Assistência Social), Paulo Arcoverde (Governo) e Carlos Geirinhas (Assessor Executivo de Assuntos Especiais).
Foram registradas também as presenças do coordenador adjunto da Defesa Civil, Demerval Anderson do Carmo; o coordenador regional de Defesa Civil, Major Wilson Oliveira Paulino, Subcomandante do 3º Grupamento de Bombeiros, Major Natal; e o gerente de Operações da Copel, Luiz Roberto Ferreira.
Fotos: Luiz Jacobs e Vivian Honorato
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