CMTU aumenta repasse às cooperativas de reciclagem por domicílio
Novo contrato elevou de R$ 1 para R$ 1,39 o valor pago pela coleta nos domicílios; acréscimo faz parte da política da companhia de valorização dos catadores
Passou a vigorar no último dia 4, o novo contrato de prestação de serviço entre a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e as sete cooperativas de catadores que integram o sistema de coleta seletiva em Londrina. Pelo novo acordo, a companhia vai pagar às associações R$ 1,39 por domicílio atendido no mês.
O valor é 39% superior à remuneração estabelecida pela administração passada e resgata em 50% o corte feito pela antiga gestão, que havia reduzido o repasse de R$ 1,78 para R$ 1,00.
O diretor presidente da CMTU, Moacir Sgarioni, afirmou que a recomposição faz parte da atual política da companhia de valorização dos trabalhadores da coleta. “Os catadores desempenham um serviço de extrema importância no município e o reequilíbrio desse valor é uma forma de reconhecimento e incentivo às cooperativas. Queremos que a reciclagem em Londrina continue a crescer, contribuindo com o meio ambiente, com a limpeza e organização da cidade”, disse.
Ele explica que o contrato firmado tem validade de 90 dias, período em que o acompanhamento do serviço será intensificado. Além do custo de R$ 1,39 para cada um dos cerca de 220 mil domicílios atendidos na cidade, a companhia auxilia as associações com o repasse do INSS dos funcionários, limitado a R$ 143 por trabalhador, e banca ainda o aluguel dos barracões de triagem.
Compõem o sistema de coleta as cooperativas Cooper Região, Cooperoeste, Coopernorth, Coopermudança, Cooper Refum, Coocepeve e Eco Recin.
Balanço - Em 2016, o volume total de materiais recicláveis comercializado em Londrina foi de 13.195,351 toneladas, número aproximadamente 17% superior ao registrado no anterior, quando foram vendidas 11.304,340 toneladas. De acordo com a coordenadora de Resíduos Recicláveis da CMTU, Eliene Moraes, o incremento se deve, entre outros fatores, às ações de conscientização desenvolvidas pela companhia. “Ao longo do ano passado, participamos de vários eventos em que foi feita a divulgação da coleta. Além disso, reforçamos o trabalho de educação ambiental porta a porta, falando aos moradores sobre a importância da separação do lixo.”
Eliene destacou que em 2016 também houve aumento no número de pessoas integradas ao sistema. “A média de trabalhadores em 2015 era de 377. Já no ano passado as sete associações somavam juntas 446 cooperados”. De acordo com dados da CMTU, a média de renda dos recicladores era de R$ 1.007 em 2015. No ano seguinte, ficou em R$ 853,69. A coordenadora atribui a queda na remuneração às variações no preço do material vendido às indústrias. “Até dezembro passado, as empresas pagavam às cooperativas R$ 1,20 pela tonelada de garrafa pet. No entanto, em 2015 o valor era de R$ 1,60. Com período de crise enfrentado pelo país, os compradores diminuem o preço pago pelos insumos e isso se reflete no rendimento dos catadores”, avaliou.
A coleta seletiva funciona em todas as regiões da cidade, na área urbana e também nos distritos. Dúvidas sobre os resíduos que podem ser reaproveitados, o dia de atendimento nos bairros e a forma de contato com as cooperativas podem ser tiradas no endereço www.cmtuld.com.br ou junto ao Serviço de Atendimento à Comunidade (SAC) da companhia, no telefone 3379-7900. O atendimento funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Foto: Divulgação
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