Mortes no trânsito em Londrina caem 14% no primeiro semestre
Óbitos envolvendo motociclistas caíram de 22 casos em 2016 para 16 nos seis primeiros meses de 2017; entre os condutores de automóveis, a diminuição foi de 15 para 13
Dados do Placar do Trânsito revelam que, no primeiro semestre deste ano, Londrina registrou 42 mortes nas vias da cidade. O número é 14% inferior ao assinalado no mesmo período do ano passado, quando 49 pessoas perderam a vida em acidentes. Se considerados somente os óbitos envolvendo motociclistas, a queda foi de 27%. Foram 22 casos em 2016 contra 16 contabilizados nos seis primeiros meses de 2017. Entre os condutores de automóveis, a diminuição foi de 15 para 13. Já as ocorrências fatais por atropelamento aumentaram de 12 para 13.
Os dados, divulgados nesta quarta-feira(12) pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), revelam que foram 1.834 incidentes neste ano contra 1.724 em 2016, enquanto o índice de pessoas envolvidas subiu de 2.064 para 2.158. Na avaliação do diretor de Trânsito da companhia, Hemerson Pacheco, o crescimento dos indicadores aponta para uma dispersão das ocorrências, antes mais concentradas em pontos de gargalo. “Observamos que, após uma série de medidas voltadas à segurança viária, como o monitoramento eletrônico, a implantação de travessias elevadas, faixas bicolores e botoeiras para pedestres, por exemplo, os acidentes passaram a acontecer em locais mais diversificados”, pontuou.
O diretor considera que, apesar desta tendência, o decréscimo no número de óbitos deve ser comemorado. “A avaliação é positiva. Preservar a vida e tentar reduzir ao máximo a quantidade de vítimas fatais é o nosso principal objetivo. Embora o saldo de envolvidos em incidentes tenha aumentado, percebemos que os danos têm sido mais financeiros, sem grande prejuízo à integridade física das pessoas”, avalia. Pacheco afirma ainda que, segundo estudos da companhia, a maior parte dos casos pode ser atribuída a fatores comportamentais dos condutores, como imprudência, desatenção e excesso de velocidade.
Perfil das ocorrências - O Placar do Trânsito mostra ainda que, dentre os mortos, 15 tinham entre 31 e 59 anos, 14 estavam na faixa etária dos 18 aos 30 e 12 possuíam mais que 60. Somente uma vítima estava na casa dos 17 anos ou menos. O perfil das vítimas revela a ocorrência de 34 óbitos de homens e 8 entre o sexo feminino. Foram 28 mortes registradas na área urbana da cidade e 14 no perímetro rural, sendo 16 na hora, no local do acidente, e 14 nas primeiras 24 horas após o episódio.
Entre as vias municipais, sob competência da CMTU, a que mais teve incidentes fatais foi a Saul Elkind, na região norte, com 6 casos. As avenidas Dez de Dezembro e Leste-Oeste somaram uma morte cada uma, enquanto as demais vias computaram 16. As rodovias federais e estaduais, gerenciadas por outros órgãos de trânsito, marcaram 18 mortes. Em primeiro lugar está a PR-445, nos trechos urbano e rural, com 7 registros. Na sequência vem a BR-369, entre a avenida Brasília e a Tiradentes, com 5 mortes.
Autuações - De janeiro a junho, 95.719 autuações foram emitidas em Londrina por agentes da companhia, da Polícia Militar (PM) e pelos aparelhos de monitoramento eletrônico instalados no município. Foram 43.775 infrações captadas pelos radares fixo e móvel, 31.034 lançadas via talonário eletrônico e 8.234 flagradas pelos aparelhos que fiscalizam avanço de sinal vermelho e parada sobre a faixa de pedestres. Outros 12.676 autos são atribuídos à atuação da PM e à não identificação de condutor infrator.
Ultrapassar o limite de velocidade da via em até 20% está no topo do ranking de autuações, com 31.588 registros. Em segundo lugar está o avanço de sinal vermelho, com 8.685 multas, e a falta do uso do cinto de segurança, com 7.022 ocorrências.
Sinalização viária e fiscalização -O balanço da sinalização no primeiro semestre indica a pintura de 19.454 m² em todas as regiões da cidade, bem como a instalação ou manutenção de 499 placas. Entre os locais atendidos estão os bairros São Jorge, Novo Horizonte, Residencial do Café, Violin, Maria Lúcia, Palmas, Tocantins, Interlagos, Morumbi, Califórnia, Ideal, Olímpico, Colúmbia, João Turquino, Acapulco, Ouro Branco, Vila Brasil e o Centro.
De acordo com o diretor de Trânsito da CMTU, a tendência é que as condições de segurança viária na cidade melhorem nos próximos meses. Isso porque a companhia está estudando um convênio com a Guarda Municipal (GM) para que agentes da corporação passem a atuar na fiscalização das vias. “Vamos capacitar entre 30 e 40 guardas para o patrulhamento das ruas e avenidas. Também vamos aproveitar as câmeras da Guarda para o monitoramento de cruzamentos e pontos de alto fluxo”, contou.
Segundo Hemerson Pacheco, o início do convênio ainda não tem data certa para passar a valer, mas deve ocorrer o mais breve possível. “Acreditamos que toda essa troca de informações e aproveitamento de estrutura vai ampliar a nossa capacidade de fiscalização e educação no trânsito, com consequências positivas para pedestres, condutores e a sociedade em geral”, prevê o diretor.
Foto: Luiz Jacobs
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