CMTU divulga Placar do Trânsito de setembro e outubro
Nos dez primeiros meses do ano, número de mortos em acidentes nas ruas de Londrina é 1% inferior ao registrado no mesmo período de 2016
Dez pessoas morreram em acidentes de trânsito nas vias de Londrina em setembro, enquanto o mês de outubro registrou quatro óbitos. Com isso, o número de mortes nas ruas da cidade chegou a 74 nos dez primeiros meses deste ano. No mesmo período de 2016, foram 75 incidentes fatais, índice 1% maior que o apontado pelo atual Placar do Trânsito, levantamento bimestral divulgado nesta quinta-feira (16) pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU).
Do total de mortes, 30 foram de motociclistas, marca 6% menor que a de 2016. Vinte ocorreram por atropelamento e outras 24 em acidentes entre automóveis. Com o saldo registrado até outubro, a taxa de mortes no trânsito local ficou em 15,90 para cada grupo de 100 mil habitantes. No ano passado, o índice foi de 16,24. O total de ocorrências observado no período analisado foi de 3.103, envolvendo 3.648 condutores ou pedestres.
Dentre as vias mais letais no município a Saul Elkind aparece em primeiro lugar, com 8 casos, seguida da Dez de Dezembro e da Leste-Oeste, que registram 3 e 2 óbitos, respectivamente. Das rodovias estaduais e federais que cortam Londrina, a PR-445 aparece no topo, com 15 registros, e a BR-369 contabiliza 7 episódios fatais.
Das 74 mortes, 56 foram de homens e 18 de mulheres. A maioria das vítimas tinha entre 31 e 59 anos, e em segundo lugar está a faixa etária dos 18 aos 30. Trinta e quatro pessoas perderam a vida na hora, no local do acidente, 25 foram a óbito nas primeiras 24 horas após receberem atendimento médico e outras 15 morreram depois desse período.
Autuações - Entre janeiro e outubro, 157.164 autuações foram emitidas na cidade por agentes da CMTU, da Polícia Militar (PM) e pelos aparelhos de monitoramento eletrônico instalados nas ruas e avenidas. Foram 73.422 infrações de excesso de velocidade captadas pelos radares, 49.855 lançadas via talonário eletrônico e 13.110 flagradas pelos aparelhos que fiscalizam avanço de sinal vermelho e parada sobre a faixa de pedestres. Outros 20.777 registros são atribuídos à atuação da Polícia Militar (PM) e a não identificação de condutor infrator.
Exceder a velocidade máxima da via em até 20% continua a ser a irregularidade mais cometida pelo motorista londrinense, com 54.816 casos verificados. Furar o sinal vermelho vem em segundo lugar no rol de infrações, com 13.700 ocorrências, e deixar de utilizar o cinto aparece em terceiro, com 12.334 episódios.
Intervenções - Para tentar conter os motoristas mais apressados e diminuir o número de atropelamentos, a companhia solicitou ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) um projeto de travessia elevada em frente ao Estádio do Café, na avenida Henrique Mansano. O local de passagem está processo de implantação pela Secretaria de Obras, e depois de finalizada a faixa receberá sinalização da CMTU.
Situação similar está em desenvolvimento na Saul Elkind, também na zona norte, onde a companhia iniciou, no último dia 7, a readequação das sinalizações de velocidade máxima permitida. Além da padronização do limite em 50 km/h, a via tem recebido revitalização dos pontos críticos e ganhado placas e pinturas no asfalto informando sobre a presença de radares. A expectativa é que, com a conclusão do trabalho na avenida, a CMTU esteja apta a utilizar a fiscalização eletrônica para conter os que abusam do acelerador.
Segundo o diretor de Trânsito da companhia, Hemerson Pacheco, os esforços realizados pelo poder público para diminuir a violência viária precisam ser acompanhados de uma mudança de comportamento por parte dos motoristas. “Não adianta a gente incrementar o serviço de sinalização ou colocar mais ficais nas ruas. Tais medidas são importantes e necessárias. No entanto, elas não são suficientes, por si só, no combate aos acidentes e mortes. É preciso que cada ator envolvido na dinâmica das vias tenha consciência do seu papel nesse contexto”, afirmou o diretor.
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