Trânsito em Londrina registra queda de 10% em motociclistas mortos em 2017
Número de pessoas que morreram em acidentes sobre duas rodas ficou em 36 no ano passado; na soma geral das ocorrências, índice de vítimas fatais foi o mesmo registrado em 2016
O total de motociclistas mortos em acidentes de trânsito em Londrina, em 2017, caiu 10% em relação ao ano anterior. Foram 36 óbitos contra 40 apontados em 2016. Já a quantidade total de vítimas fatais se manteve igual e fechou o período analisado em 90. Com o saldo, a taxa de mortes nas ruas e avenidas do município caiu de 16,24 para 16,11 para cada grupo de 100 mil habitantes.
Nas vias urbanas e rurais administradas pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), as ocorrências letais tiveram queda de 61 para 57. Deste total, 9 aconteceram na avenida Saul Elkind, na região norte de Londrina, três ocorreram na Dez de Dezembro e outras três na avenida Leste-Oeste. Outros pontos somaram 42 mortes, enquanto as rodovias estaduais e federais que cortam a cidade contabilizaram 33 óbitos, sendo 17 na PR-445 e nove na BR-369.
No local do acidente, 41 pessoas morreram na hora, enquanto que 28 perderam a vida nas primeiras 24 horas após a eventualidade e outras 21 depois deste período. Destes, 70 mortos homens e 20 mulheres perderam a vida; 35 envolvidos tinham entre 31 e 59 anos, 27 estavam na casa dos 18 aos 30 anos e mais 22 possuíam 60 anos ou mais.
Divulgada nesta segunda-feira (22) pela CMTU, a edição mais recente do Placar do Trânsito aponta que os atropelamentos tiveram variação de 21 para 26 entre 2016 e 2017. Dentre os episódios, 14 eram de pessoas idosas. Em relação à totalidade das ocorrências e dos envolvidos, o levantamento mostra alternância de 4.208 para 4.395 no número de vítimas e de 3.565 para 3.711 na quantidade de acidentes.
Na avaliação do diretor de Trânsito da companhia, Hemerson Pacheco, as informações demonstram que, numa leitura geral, a diminuição da violência viária em Londrina esbarra num problema cultural do motorista. “Observamos que, na maioria dos casos, os acidentes fatais incluíram fatores como imprudência e falta de atenção. Com exceção da Saul Elkind, onde os esforços para a queda nas ocorrências envolveram a diminuição do limite de circulação da via, melhorias na sinalização e implantação de redutores de velocidade, percebemos que não houve concentração de episódios em locais determinados. Ou seja, os acidentes têm ocorrido em diversos pontos, muitas vezes independente das condições das pinturas e das placas instaladas”, explicou.
Pacheco afirmou que a alteração do quadro demanda educação, fiscalização e sinalização, mas que o comprometimento de cada personagem envolvido na dinâmica viária é fundamental. “Não adianta o poder público investir na manutenção das demarcações, nas ações de repressão às infrações e propor novos padrões de comportamento se, numa postura individual, o motorista não dirigir com responsabilidade e zelo pela vida. Ainda estamos longe da perfeição no que diz respeito ao atendimento às várias regiões da cidade, mas os dados oficiais evidenciam que, com outras atitudes dos condutores, muitas vidas poderiam ter sido poupadas”, comentou.
Autuações - Emitidas por agentes da CMTU ou da Polícia Militar (PM), por ação dos radares fixos e móveis e geradas devido à não identificação de condutor infrator, as autuações de trânsito em 2017 chegaram a 185.737. O montante é cerca de 20,5% inferior ao computado em 2016, quando 223.619 multas foram lavradas nas ruas da cidade.
Exceder o limite de velocidade da via em até 20% foi a infração mais cometida pelo motorista londrinense, com 68.477 registros. Em segundo lugar está o avanço de sinal vermelho, com 15.974 ocorrências, seguido dos casos de falta do uso do cinto de segurança, que somaram 13.477 episódios.
Segundo Hemerson Pacheco, a redução na quantidade de autos é reflexo de uma mudança de postura entre os agentes a partir do início da atual gestão. “Desde o ano passado, temos utilizado a multa como o último recurso em situações de fiscalização. Acreditamos que a educação é o caminho e, nesse sentido, orientar o condutor tem surtido efeitos muito melhores”, disse.
O diretor contou que, em 2018, a intenção da companhia é intensificar as ações educativas, reforçando principalmente as iniciativas de proteção ao pedestre, como a campanha “Olhe e Sinalize”. Outro objetivo é aprimorar a divisão de atribuições entre os órgãos envolvidos na gestão do trânsito no município.
“É preciso dividir as responsabilidades e favorecer as ações integradas. Entendemos que a questão do trânsito passa por um incremento nas blitze pelas autoridades de segurança, além de envolver planejamento de mobilidade urbana e melhorias estruturais nas vias. É necessário um trabalho unificado, não basta apenas sinalização e fiscalização”, afirmou.
Baixe aqui o Placar do Trânsito completo
Foto: Ilustrativa
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